quarta-feira, 20 de março de 2013

O bohêmio voltou novamente!

Voltando as samba sobre o infinito...na inspiração de buscar a inovação e a criatividade! Em breve novos textos, inspirações e novidades!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Garrafa cheia eu não quero ver sobrar!!!

Eita que faz tempo que não escrevia, mas hoje tirei a preguiça de lado para fazer um post especial sobre o tempo e as comemorações!!

Coisa boa é comemorar, comemorar qualquer coisa!! Comemorar significa arrumar um motivo para juntar quem mais gostamos ou o que mais gostamos.

Oba!! Galera: vamos nos encontrar hoje pois é dia da formiga, nasceu o filho de fulano, faz tantos anos que foi inventado o espremedor de laranja!! Ou seja, motivo nenhum, apenas um subterfúgio para juntar gente a sua volta e de preferência ao redor de alguma mesa.

Minha casa sempre foi festiva, adoro comemorar qualquer coisa, sou muito ligado as datas, sejam as minhas, sejam aquelas dos outros, mas que são importantes para mim. Gosto de comemorar sempre! Assim tenho sempre com o que me lembrar.

Quantos carnavais, festas, jantares, conversas, bares, situações, foram comemoradas. Agora que completarei meus 30 anos (já disse que sou muito ligado às datas) comemorarei novamente!!!! Juntarei todos que mais gosto, para uma comemoração à vida, a todos os meus 946.080.00 segundos vividos,  sem qualquer arrependimento, até naqueles momentos de ressaca que pedimos para não existir!

Vou festejar!!! Eu gosto muito de uma festa, qualquer festa!

As águas vão rolar, garrafa cheia eu não quero ver sobrar!

Tucha.

Ps.: Foto Copiright Tucha Porto

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Assim é meu mundo: é Moderno, é Ilimitado, é para Você!

Queridos amigos, para leitura estilo propaganda do Nextell, no final de cada frase haverá um BIP:


Nasci como qualquer bebê


Pequeno, roxo, quase sem respirar 


Interior da PB, cidade já moderna, evoluída, nosso vale do silício de tecnologia, exportadora de inteligência e computadores


Logo cedo, saberia que lá seria muito pequeno para mim


Mudei-me, cidade: Recife - Metrópole, cidade grande, trânsito, viadutos, pontes, maior shopping do Nordeste, Shopping Center Recife, Bompreço


Alfabetização, estudos iniciais, escola Parque do Recife em Boa Viagem e Piedade, amigos inesquecíveis, infância insubstituível, brincadeiras, polícia e ladrão, barra bandeira, casa da avó - refúgio, passeio de jangada, banho de mar em Piedade, sem tubarões, inclusive em alto mar, caranguejo com meu avô, barraca de seu Antonio, Crush, pipoca Fofinha com bastante manteiga 


Nova mudança, João Pessoa, adolescência, estréia na bebida, Teacher, Jonnie, Cerveja, Gummy, festinhas de 15 anos, assustados, ensino fundamental, mesma turma durante 7 anos, novos amigos, igualmente inesquecíveis, primeiro carro, lógico um Fusca, Avenida Guarabira, vestibular, Faculdade de Direito, leis, códigos, normas, burocracia, chatice da aula, Convívio Bar, formatura, estágio, convite de trabalho, desafio, oportunidade, cavalo selado na porta


Nova mudança, muito maior que as experiências anteriores, Rio de Janeiro, formado, inexperiente, cidade nova, sem amigos ainda, saudade da família que ficara, solidão e chororô, primos no exterior ambos, tia fora, novo trabalho, rotinas, procedimentos, pós-graduação, mundo corporativo, faturas, pagamentos, contabilidade, RH, impostos, plano de carreira, avaliação de desempenho, feedback, bônus, responsabilidades, tempo, tempo, tempo....


Novos amigos, atualmente presentes, mas igualmente já inesquecíveis, multiplicação da família a original Nordestina  e a Carioca que me adotou, as duas igualmente presentes, importantes, fundamentais,  a primeira sessão de análise, solidão, tristeza, alegria, dias bons, dias ruins, dias péssimos, dias maravilhosos 


Aqui, Rio de Janeiro, firmei-me, daqui não saio, evolui no pensamento e no modo de ser e agir, por enquanto esta é minha história............


Tucha 

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A Infância e o medo

 "Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que estereliza os abraços,
não cantaremos o ódio, porque este não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte.
Depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas."(Congresso Internacional do Medo - Carlos Drummond de Andrade) 


Meus amigos hoje que é "dia da criança", nossas lembranças se remetem aos tempos infantis, onde o medo andava muito ligada a tudo que fazíamos, quando aprontávamos e fazíamos as merdas que todo as as crianças fazem, cujo resultado final era sempre um esporro paternal. 


O medo terrível de colocar o pé no chão, após deitarmos na cama, com a expectativa e a certeza de que alguma coisa, bicho, ou ser do outro mundo agarraria o nosso pé e nos levaria para um mundo paralelo, fantasmagórico, sem volta - estilo Caverna do Dragão ou A Hora do Pesadelo! O que somente se resolvia, ao pularmos da cama e corrermos direto para a cama dos nossos pais, lugar onde tudo era protegido, como se lá houvesse uma camada protetora, um campo de força, intransponível ao medo! 


O medo faz parte da infância e da nossa vida adulta, ele nos ajuda a crescer, a se tornar mais confiantes naquilo que fazemos, nos deixa curioso, sagaz , atrevido, nos faz avançarmos naquilo que não sabemos direito como lidar, como fazer, ou seja, nos faz aprender!!!!  


O medo nos desafia, nos faz quebrar limites e preconceitos, veja-se o exemplo da minha mãe, que não subia numa escada rolante e que hoje viaja de avião!!! Venceu o medo para atingir um objetivo: ver o filho que morava longe; quantas mães venceram tal desafio em iguais circunstâncias!!!




O medo também nos trava, alguns assuntos parecem intransponíveis, apavoram, retiram-nos o ar!!! Mas é um desafio remexê-los, o que nos move a catucá-los, revirá-los, e tentar resolvê-los!! Pois só assim buscaremos superá-los e melhorarmos. Falar sobre eles nos ajuda muito; como também dizia Drummond em Viagem na Família: "Fala, fala, fala, fala!!!"


A cada medo que vencemos, outros surgem, e assim caminharemos até o final da nossa jornada!! A sensação de medo nos faz sentir vivos, é como se fosse um vício!! Medo são desafios! 


Como é bom sentir medo!! E superá-los nos traz uma felicidade imensa!  


Beijos e bom restinho de semana. 


Tucha !


P.S. Complentado no dia seguinte, com o trecho final de Vinícius no poema O Haver: 


Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto
Esse eterno levantar-se depois de cada queda
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha
Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo
Infantil de ter pequenas coragens. 

terça-feira, 5 de outubro de 2010

O Morro e a Bolsa de Valores!


"ENCANTO DA PAISAGEM -> Nelson Sargento
Morro, és o encanto da paisagem
Suntuoso personagem de rudimentar beleza
Morro, progresso lento e primário
És imponente no cenário
Inspiração na natureza 
Na topografia da cidade
Com toda simplicidade és chamado de elevação
Vielas, becos e buracos
Choupanas, tendinhas, barracos
Sem discriminação
Morro, pés descalços na ladeira
Lata d`água na cabeça
Vida rude alviçareira
Crianças sem futuro e sem escola
Se não der sorte na bola 
Vai sofrer a vida inteira
Morro, o teu samba foi minado
Ficou tão sofisticado, já não é tradicional
Morro, és lindo quando o sol disponta
E as mazelas vão por conta do desajuste social"


Meus amigos, este final de semana estive num samba no centro do Rio! Ohhhh, mas o que tem de mais normal neste fato?


Respondo: um fato muito interessante, pelo menos do meu ponto de vista, o samba era na Rua do Ouvidor na calçada do imponente prédio da antiga Bolsa de Valores do Rio, hoje um prédio de escritórios que ainda faturam muito dinheiro. Ou seja, o samba que, originalmente, era um movimento cultural dos morros cariocas, daquelas pessoas mais desprovidas de numerário financeiro, educação, oportunidades, estava acontecendo, invadindo, o "mundo", o território dos Magnatas Financistas!


O local é  cercado daqueles mais originais pés sujos, que tem de melhor a cerveja gelada, onde todos fazem a conta na base da confiança, cada garrafa devidamente marcada num papelzinho que cada vez vai ficando mais molhado, devido ao gelo acumulado nas garrafas que derretem nas mesas despojadas e espalhadas ao longo da Rua!


O SAMBA desceu para a bolsa de valores!!! Dos Morros, para o mundo dos Negócios! Só que o ativo do samba é perene, não tem depreciação, nem perde valor< só tem a acrescentar, juntando amigos, música boa, preço barato, levando a alavancagem da alegria e da amizade,  numa bela tarde de sábado, no Rio de Janeiro - Brasil


Beijos  a todos! Boa semana!


Tucha!




segunda-feira, 27 de setembro de 2010

PICOLÉ D'ÁGUA!!!!!!

  
Hoje queria falar uma das lembranças da praia de Piedade, Jaboatão de Guararapes, Pernambuco, Brasil, período: meados dos anos 80, praia onde morei, antes de mudar-me para a Paraíba - João Pessoa. 


Como nasci em 1980, antes que alguém convoque o Ministério Público para tirar-me dos meus pais e me mandarem para adoção em algum albergue confortabilíssimo, não bebia naquela época!!! 


O objeto principal desta foto é exatamente o picolé, isso mesmo, o picolé!!!


Apesar de minha busca por imagens no Google, não encontrei uma foto sequer, daqueles picolés que faziam o sucesso da molecada na praia de Piedade, simmmmm, meus amigos dos anos 80!!! 


Daqueles picolés que na sua composição levava: água (se era filtrada - não sei; poluída - não sei;  ninguém se preocupava com tais detalhes da modernidade da nanotecnologia, nem os pais que pagavam, muito menos a gente que consumia, e não era pouco) + açúcar (não lembro se havia alguma coisa diete) + mais  algum líquido colorido que servia unicamente para diferenciar as cores dos picolés, pois o gosto de todos eles, os "sabores", era praticamente igual. Morango, uva, tutti-fruti, chiclete, bubaloo, era tudo igual!!!


Os picolés ficavam "guardados" dentro de caixa térmica vulgarmente chamada de "isonó", cada um cuidadosamente organizado em local pré-determinado, obedecendo a uma ordem estabelecida pelo departamento de marketing, qual seja: a cor do picolé; era uma indústria muito avançada, já voltada para a sustentabilidade e pela preservação do meio ambiente, pois ensinava a garotada que o uso de polímeros plásticos era prejudicial à saúde, ou seja, nenhum picolé era protegido por embalagens, seladas à vácuo!


Resumindo: os picolés eram organizados pela sua cor, os sabores eram os mesmos, ninguém sabia se os corantes (importados da China) eram tóxicos, não havia qualquer embalagem para protegê-los de bactérias altamente destrutivas; e MILAGRE, MILAGRE, até hoje não sei como estou vivo!  


A graça de consumir tal picolé não era mordê-lo, e sim sugar todo o seu líquido colorido que lhe dava "gosto", até que restasse, na haste de madeira reciclável e certificada (olha a sustentabilidade) do picolé, o GELO, sim meus amigos, o GELO: puramente filtrado, límpido, translúcido, insípido e inodoro - puramente GELO! Consequentemente, as nossas línguas ficavam mais coloridas que um painel de uma loja de tintas!


Para os PAIS da época, que cuidavam de crianças tão calmas e serenas e que quase formavam dois times de futebol, as CAIPIRINHAS eram merecidas! 


O GELO dos picolés tiveram, afinal, alguma serventia!!!


Boa semana a todos!


Beijos! 

domingo, 26 de setembro de 2010

A LAGOA

Nesta semana, especificamente no dia 22/09, completei 3 anos que vim morar aqui na Lagoa Rodrigo de Freitas, minha mudança de Ipanema para cá foi um processo muito bem pensado, depois de tanto tempo de vivência e convivência com as ruas, praia e principalmente com as pessoas.


Foi bem pensado, e até sofrido no começo, pois passaria a pensar e viver os meus dilemas, meus problemas, enfrentar os fantasmas da minha alma, que permaneceram um tanto adormecidos. 

Construir a sua casa, a sua história, pensar nas suas coisas, enfrentar seus medos e  problemas,  focar na  minha vida : minha casa, minha geladeira, colocar a minha vida como prioridade, cuidar da saúde física e mental, sua auto-estima, sem logicamente perder as essências, modo de agir  e pensar.


Hoje está um dia nublado no Rio, fazendo frio, o que nos leva a ficar mais pensativo, é impressionante a falta que o SOL provoca na alegria da cidade!


Outro dia li no BLOG - MUNDO FANTASMO de Bráulio Tavares um post onde havia um poema de Drummond, que não conhecia, mas que resume um pouco o sentimento de quem mora na Lagoa:


Lagoa (Carlos Drummond de Andrade)

Eu não vi o mar.
Não sei se o mar é bonito.
Não sei se ele é bravo.
O mar não me importa.
Eu vi a lagoa.
A lagoa, sim.
A lagoa é grande e calma também.
Na chuva de cores da tarde que explode, a lagoa brilha.
A lagoa se pinta de todas as cores.
Eu não vi o mar. 
Eu vi a lagoa...