segunda-feira, 27 de setembro de 2010

PICOLÉ D'ÁGUA!!!!!!

  
Hoje queria falar uma das lembranças da praia de Piedade, Jaboatão de Guararapes, Pernambuco, Brasil, período: meados dos anos 80, praia onde morei, antes de mudar-me para a Paraíba - João Pessoa. 


Como nasci em 1980, antes que alguém convoque o Ministério Público para tirar-me dos meus pais e me mandarem para adoção em algum albergue confortabilíssimo, não bebia naquela época!!! 


O objeto principal desta foto é exatamente o picolé, isso mesmo, o picolé!!!


Apesar de minha busca por imagens no Google, não encontrei uma foto sequer, daqueles picolés que faziam o sucesso da molecada na praia de Piedade, simmmmm, meus amigos dos anos 80!!! 


Daqueles picolés que na sua composição levava: água (se era filtrada - não sei; poluída - não sei;  ninguém se preocupava com tais detalhes da modernidade da nanotecnologia, nem os pais que pagavam, muito menos a gente que consumia, e não era pouco) + açúcar (não lembro se havia alguma coisa diete) + mais  algum líquido colorido que servia unicamente para diferenciar as cores dos picolés, pois o gosto de todos eles, os "sabores", era praticamente igual. Morango, uva, tutti-fruti, chiclete, bubaloo, era tudo igual!!!


Os picolés ficavam "guardados" dentro de caixa térmica vulgarmente chamada de "isonó", cada um cuidadosamente organizado em local pré-determinado, obedecendo a uma ordem estabelecida pelo departamento de marketing, qual seja: a cor do picolé; era uma indústria muito avançada, já voltada para a sustentabilidade e pela preservação do meio ambiente, pois ensinava a garotada que o uso de polímeros plásticos era prejudicial à saúde, ou seja, nenhum picolé era protegido por embalagens, seladas à vácuo!


Resumindo: os picolés eram organizados pela sua cor, os sabores eram os mesmos, ninguém sabia se os corantes (importados da China) eram tóxicos, não havia qualquer embalagem para protegê-los de bactérias altamente destrutivas; e MILAGRE, MILAGRE, até hoje não sei como estou vivo!  


A graça de consumir tal picolé não era mordê-lo, e sim sugar todo o seu líquido colorido que lhe dava "gosto", até que restasse, na haste de madeira reciclável e certificada (olha a sustentabilidade) do picolé, o GELO, sim meus amigos, o GELO: puramente filtrado, límpido, translúcido, insípido e inodoro - puramente GELO! Consequentemente, as nossas línguas ficavam mais coloridas que um painel de uma loja de tintas!


Para os PAIS da época, que cuidavam de crianças tão calmas e serenas e que quase formavam dois times de futebol, as CAIPIRINHAS eram merecidas! 


O GELO dos picolés tiveram, afinal, alguma serventia!!!


Boa semana a todos!


Beijos! 

4 comentários:

  1. Querido irmão,
    quero lhe dizer que sua imunidade é boa, foi por causa dos picolés da praia de Piedade.
    E sei bem, como eu fiz de tudo pra você pegar catapora, e você até hoje não pegou.
    Portanto, o ministério da saúde deveria advertir que picolé sem procedência de praia ajuda na imunidade das crianças.
    Saúde!

    ResponderExcluir
  2. hahahaha Galannn, picolé sem procedência, mas que até hoje lembro dele e fico de água na boca hahaha...Que Picolééé, não tinha nenhum que fosse melhor...vc esqueceu de falar que nossas linguas ficavam com o corante do picolé huahuauuahua...eu era cliente com direito a fiado, cobrança na minha casa hahahaha... que bons tempos!!

    Feliz dia da Criança meu irmão!! Nunca vamos deixar de ser crianças, a alegria é tudo!!

    Bjo!!

    ResponderExcluir
  3. Meus filhos são de 10/1978, 10/1980 e a filha de 03/1984 - frequentavam a praia de Boa Viagem e eram proibidos de chupar o picolé de tinta -era assim que chamava. Existia também um líquido colorido vendido em copos. Acho que se chamava "gelado", vendido também na praia de Boa Viagem.
    Lembranças de mãe.
    Abraço

    ResponderExcluir